Saturday, October 24, 2009

Circunferências do pescoço e da cintura pode alertar população para problema de hipertensão


Artigo publicado no Journal of Human Hypertension defende a colocação de etiquetas em calças e camisas como medida preventiva

Sociedade Brasileira de Hipertensão

Muito já se ouviu falar no meio médico sobre a relação entre obesidade – a medida da cintura –, e determinadas condições de pressão, glicose e triglicérides, como fatores de risco para problemas como síndrome metabólica e apnéia obstrutiva do sono (OSA).

Dois médicos brasileiros, Dr. Décio Mion e Dra. Kátia Ortega, tiveram publicado um artigo no Journal of Human Hypertension, em que sugerem à comunidade médica internacional uma estratégia simples para alertar as pessoas quanto ao diagnóstico precoce.

O termo síndrome metabólica tem sido aplicado à agregação de fatores de risco que muitas vezes acompanham a obesidade e estão associados com risco de aumentar as doenças cardiovasculares e diabetes tipo II. A síndrome de apnéia obstrutiva do sono aumenta o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares. Outros fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão, diabetes mellitus, hiperlipidêmica e obesidade, freqüentemente acompanham OSA e são particularmente proeminentes entre os pacientes que têm colarinho de tamanho superior a 44,5 cm.

Assim, os autores acreditam que a OSA é uma manifestação da síndrome metabólica, porque há uma forte associação de OSA com obesidade, hipertensão e diabetes, os mesmos fatores associados à síndrome metabólica.

Em “Síndrome Metabólica e apnéia obstrutiva do sono: duas circunferências no mesmo indivíduo”, os médicos sugerem que a anexação de uma etiqueta informativa às calças com cintura superior a 94 cm – tamanho G, números 46 e 48 e GG, 50 e 52 -, para homens; e 80 cm - mais difícil falar em tamanhos porque os números são calculados pelo quadril e não pela cintura - para as mulheres, assim como em camisas cujos colarinhos sejam maiores do que 44,5 cm, ou seja, tamanho 5, para ambos os sexos.

“Esta é uma ideia simples, mas que pode ajudar às pessoas de todo o mundo a procurar o auxílio de um médico para cuidar da saúde. Muita gente não sabe que as medidas da cintura e do pescoço podem ajudar a diagnosticar facilmente uma série de problemas que, quanto mais cedo forem tratados, menos conseqüências trarão para sua saúde. Neste sentido, a parceria com indústrias de vestimentas pode trazer um grande ganho para a população”, ressalta o Dr. Décio Mion.

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