Wednesday, December 21, 2016

A lição que vem da rua




Como aprendi um pouco mais sobre solidariedade em um semáforo

Ontem (20.12) tive um dia corrido, ainda mais considerando a época do ano que estamos. Primeiro almoço de confraternização da Ford do Brasil com a imprensa na Vila Olímpia; depois reuniões com clientes no Butantã e Shopping Eldorado.

A segunda e última reunião acabou por volta das 18h30. Trânsito daquele jeito. O aplicativo Waze sugeriu subir a Rebouças, Pacaembu...e, a partir daí, desliguei o Waze e decidi parar no Bar do Osmar para tomar uma cerveja e comer um torresmo - o bar fica no Campos Elísios. 

Mas o que eu queria realmente dizer sobre ontem vem agora. Um pouco antes de chegar no Bar do Osmar, parado no semáforo na Santa Cecília, um rapaz veio me pedir uma moeda e imediatamente disse que não tinha. Digo que só dou algum dinheiro quando, imediatamente após o pedido, sinto o coração ser "tocado" por algo - mas não foi o caso.

Como estava com um isqueiro na mão direita, mexendo nele, ao dizer que não tinha uma moeda o rapaz pediu ele. "Me dá esse isqueiro então?". Disse que não, pois eu queria um cigarro para poder usar aquele isqueiro. Após isso ele saiu, sem falar nada. Foi uns três, quatro carros para frente. Conversou com um outro rapaz que estava na mesma situação dele. Esse outro rapaz levou a mão na orelha direita (aquela que o português da padaria colocava a caneta bem antigamente), que estava sem nada, e deu pra "ler" ele falando "não tenho".

O rapaz que me pediu a moeda, o isqueiro e eu não dei, foi tentar arrumar um cigarro, que eu disse querer para acender com o isqueiro...e voltou para me dizer que tentou me ajudar, mas que não conseguiu um cigarro.

Meti a mão no bolso e dei as moedas que eu tinha.

Jornal BLEH!

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