As reações são variadas, que vão desde a aceleração dos batimentos cardíacos até crises de pânico e óbito
Texto: Sérgio Dias
Fotos: Pixabay
Desde o início do mês de dezembro foram intensificadas nas redes sociais mensagens sobre os danos que os fogos de artifício podem causar não apenas aos pets, mas também aos seres humanos, levando cães e gatos ao pânico e gerando transtornos com as suas explosões.
Embora nem todos respeitem, com base na proteção do meio ambiente e da saúde, o STF – Supremo Tribunal Federal decidiu, em maio desse ano, que os municípios têm legitimidade para aprovar leis que proíbam a soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que produzam estampido.
O legal é que muitos municípios pelo Brasil decidiram pela proibição, afinal informações de uma audiência pública, deixam claros os impactos negativos que esses fogos causam à saúde de pessoas com transtornos do espectro autista com hipersensibilidade auditiva e os prejuízos que acarretam à vida animal.
Segundo um artigo científico, 63% dessas pessoas não suportam estímulos acima de 80 decibéis, enquanto a poluição sonora causada pela explosão de fogos de artifício pode alcançar de 150 a 175 decibéis. Quanto à proteção ao meio ambiente, estudos científicos que demonstram os danos causados pelo ruído dos fogos a diversas espécies animais.
Portanto a queima de fogos de artifício no fim de ano se transforma em pavor para cães e gatos. Essa é uma preocupação para os tutores, visto que a prática comemorativa é prejudicial para a saúde dos animais, com reações variadas, que vão desde a aceleração dos batimentos cardíacos até crises de pânico.
Com os sentidos aguçados, o barulho dos fogos é recebido de modo inesperado e muito mais alto para os pets, principalmente para os cães. O medo e estresse sonoro podem resultar consequências que vão desde o óbito de aves e animais cardiopatas, crises epilépticas, desequilíbrios em animais com distúrbios comportamentais, a problemas gastrointestinais, como vômitos, diarreia e perda de apetite, além da redução no consumo de água, podendo levar a danos renais e infecções urinárias, e do comportamento de fuga.
“Não há uma conduta soberana para todos os indivíduos, podendo ser suficiente uma ou a combinação das sugestões apresentadas. Cada animal se comporta de uma forma quando exposto aos sons dos fogos, de acordo com histórico e condição médica própria”, explicou Bruno Alvarenga, professor de Medicina Veterinária do CEUB – Centro Universitário de Brasília.
Para amenizar o pânico nesse período festivo, recomendamos algumas condutas preventivas:
1. Ambiente confortável: criar um ambiente que minimize o impacto dos fogos é fundamental. Isso pode incluir deixar a televisão ou rádio ligados para competir com os estampidos;
2. Proteção auditiva: colocar um pouco de algodão nos ouvidos dos animais pode ajudar a diminuir o som;
3. Acolhimento: manter os pets no colo ou abraçados pode proporcionar uma sensação de segurança enquanto são acariciados;
4. Abrigo seguro: preparar um abrigo com toalhas ou mantas no local em que o pet costuma se esconder pode ser reconfortante;
5. Espaço silencioso: colocar os animais em um cômodo onde o som externo seja abafado, preparando um espaço acolchoado e onde possam se esconder;
6. Procure um veterinário: consultar um médico veterinário sobre a possibilidade de terapias ansiolíticas fitoterápicas ou alopáticas pode ser útil para alguns animais.
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