Sunday, December 06, 2009

As distribuidoras e o blecaute


Hélio Viana Pereira*

Milhões de brasileiros em maior ou menor grau foram surpreendidos por um blecaute de grandes proporções na noite do dia 10 de novembro, evento que se estendeu em alguns casos até o fim da madrugada do dia seguinte. Descoberto o problema de transmissão e com a plena operação de Itaipu, o restabelecimento ocorreu inicialmente de forma gradual e, dentro de algumas horas, de maneira integral. Simultaneamente a esse episódio maior, as distribuidoras, responsáveis pelo abastecimento do mercado, intensificaram suas providências para a regularização de seus clientes. Um exército de profissionais, na sua maioria engenheiros, técnicos e eletricistas, aos poucos, foi assumindo seu posto com um único objetivo: regularizar o sistema elétrico brasileiro. A partir dos centros de operações, manobras em linhas alternativas contribuíram para amenizar o desligamento nas áreas atingidas e outras fontes supridoras compensaram a perda momentânea da maior usina brasileira. As distribuidoras de energia elétrica tiveram um papel fundamental na reorganização do sistema e no retorno do serviço a milhões de residências, indústrias e comércio.

O país deu um sobressalto. De imediato, os serviços de atendimento telefônico aos clientes começaram a registrar picos de chamadas e o centro de referência para os consumidores passou a ser o serviço das distribuidoras. Em algumas empresas o volume de atendimentos telefônicos ultrapassou em mais de quinze vezes o registro de um dia típico. Entre o final da noite e a metade da madrugada as distribuidoras do grupo CPFL Energia receberam quase 12 mil chamadas contra 800 em condições normais. Evidentemente os eletricistas tiveram sobrecarga de trabalho. Atuando na operação de manobras, no seccionamento de redes elétricas, no atendimento das ordens de serviço, esses profissionais foram também importantes atores no esforço de evitar a propagação do blecaute para áreas maiores ainda.

Equipes de sobreaviso foram chamadas, e reforçadas com profissionais de empresas terceirizadas. Os centros de operação descentralizados ficaram de prontidão e permanentemente trabalhando sincronizados com as orientações do Operador Nacional do Sistema elétrica (ONS). Normalizado o sistema elétrico com o retorno da operação de Itaipu, as distribuidoras envolvidas no blecaute intensificaram seus trabalhos. Aos primeiros sinais de recuperação das regiões atingidas, a preocupação voltou-se para a normalização das redes de distribuição primárias e secundárias, responsáveis pelo atendimento ao consumidor final.

Manobras na rede elétrica, a partir dos centros de operação, contribuíram para normalizar áreas mais críticas, para que 100% da população que acabou sofrendo algum tipo de problema pudesse ver resolvido sua situação. Simultaneamente a essas providências técnicas, a Imprensa teve um papel de fundamental importância ao informar e muitas vezes esclarecer os fatos e tranquilizar a população.


Pelo lado das empresas, seus centros atendimento, não só coletivos, mas os personalizados passaram a contatar prefeituras, grandes clientes, sociedade civil, e principalmente a Imprensa para esclarecer o problema, garantindo a volta à normalidade.

Muitos clientes relataram queima de aparelhos elétricos em suas residências. Atenta a isso, as distribuidoras orientaram a população sobre a legislação vigente em relação a esse ressarcimento, divulgando pela imprensa os procedimentos para a solicitação desse serviço

Uma coisa fica evidente no caos provocado num blecaute. durante e principalmente depois do episódio. São as distribuidoras de eletricidade o principal ponto de apoio da sociedade. Cuidando para que a situação volte ao normal o mais rapidamente possível. Os investimentos das distribuidoras para expansão e manutenção de seus sistemas elétricos são bilionários. No caso da CPFL Energia esse montante atinge exatamente R$ 1 bilhão para 2010. Essa resposta É disso que estamos falando aqui. Do esforço de pessoas comprometidas com o país e de empresas direcionadas para cumprir seu relevante papel social, mesmo nas situações mais complexas possíveis.

* Hélio Viana Pereira, Vice-Presidente de Distribuição da CPFL Energia

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