Texto: Sérgio Dias
Fotos: Pixabay
Iniciamos o mês de dezembro, quando tradicionalmente temos na virada do ano a soltura de fogos de artifício, que sabemos ser terrível para os pets. Em 2022 temos um agravante nesse sentido, pois a Copa do Mundo de futebol teve início em novembro e vai até próximo do Natal – e as comemorações de gols e um eventual título do Brasil podem ampliar o barulho.
Checamos que muitos estados e municípios proíbem a queima, soltura, comercialização, armazenamento e transporte de fogos de artifício e de artefato pirotécnico de estampido. A proibição se aplica a recintos fechados, ambientes abertos, áreas públicas e locais privados e apenas fogos que produzem efeitos visuais sem estampidos podem ser utilizados e comercializados.
Mas infelizmente sabemos que mesmo que uma lei que proíba e, pior, mesmo sabendo o mal que causa aos pets, muitos ainda soltam fogos de artifício. Para termos uma ideia, se os ruídos deles fossem quatro vezes mais altos, certamente seriam extremamente desconfortáveis para a maioria das pessoas.
Pois é assim que os pets percebem o barulho da queima de fogos. Enquanto os humanos captam sons entre 16 e 20.000 Hz, os cães escutam sons entre 10 e 45.000 Hz e os gatos mais jovens até 100.000 Hz. Seu barulho pode causar desde medos, traumas, posturas agressivas, tentativas de fugas, laceração dos tímpanos, ataque cardíaco, desmaios, automutilações, convulsões ou, mesmo, a morte em animais mais sensíveis ou com comorbidades.
Por isso, os tutores devem tomar medidas preventivas, como tentar habituar os pets a sons altos e de fogos. Colocar música para o pet ouvir frequentemente e aumentar o volume aos poucos, vai fazer com que se acostume.
Também é importante associar o momento a algo que o pet goste, como brincadeiras, carinho e petiscos. Aproveitar eventuais queima de fogos para associar a recompensas positivas e mostrar tranquilidade ao pet também vai contribuir para a prevenção de respostas exacerbadas em momentos de festejos mais intensos.
Medicamentos fitoterápicos e florais de Bach também são grandes aliados. “É importante consultar um médico veterinário para que ele indique o medicamento mais adequado e a dose correta para o pet, de acordo com o seu peso e as suas condições de saúde. O ideal é iniciar o tratamento com pelo menos uma semana de antecedência ao episódio de queima de fogos”, esclarece Farah de Andrade, médica-veterinária.
Em dias de jogos do Brasil e na virada do ano, é importante que o pet não esteja sozinho, pois ele pode achar que está em perigo e tentar fugir. No momento do desespero, os animais são capazes de pular janelas e muros ou passar por espaços que não conseguiriam normalmente. Cão preso na coleira e guia, nem pensar. O risco de se machucar gravemente é ainda maior.
O ideal é que o animal fique dentro de casa, pois será mais difícil escapar e ficará mais tranquilo ao se sentir próximo do tutor. Fechar portas, janelas e cortinas, ajudará a abafar o som e criará a sensação de segurança. Disponibilizar petiscos e brinquedos e fazer uso de feromônios tornam o ambiente ainda mais agradável.
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