As ajudam foram fundamentais nesse terceiro dia
Hoje foi o terceiro dia da minha peregrinação até Aparecida, e posso dizer que ele começou de uma maneira muito especial. Antes mesmo de tomar o café da manhã, tive a alegria de reencontrar meu amigo Ricardo, que participa da peregrinação do Itaim Paulista, São Paulo.
Ele está em sua terceira peregrinação, junto com outros integrantes do grupo, como Marcelo, Paulo, Cleber, Cleiton, Anderson, Gustavo e Hugo. Essa turma do Itaim Paulista são realmente dedicados e me ajudaram muito ao se oferecerem para pegar a minha mochila pesada, que estava no ibis São José dos Campos Dutra. Foi um gesto de generosidade que facilitou demais meu dia, pois caminhar com menos peso fez toda a diferença.
Antes deles partirem, participamos de uma oração juntos, pedindo a proteção de Nossa Senhora Aparecida para nos guiar e nos fortalecer durante a jornada. Tomei um rápido café, agradeci ao grupo por tudo, e logo eles seguiram adiante. Fiquei muito grato ao Ricardo e a todos os integrantes da Peregrinação do Itaim Paulista.
Logo depois, eu e o Márcio, meu fiel companheiro nessa jornada, também agradecemos à equipe do ibis São José dos Campos pelo acolhimento e nos despedimos deles. Seguimos então para o ponto de apoio Bem-Te-Vi, onde tomamos um reforçado café da manhã e encontramos os dois grandes amigos de caminhada Biro e Deva.
Estávamos prontos para encarar mais um dia de caminhada pela Rodovia Presidente Dutra, que exige bastante atenção devido ao tráfego intenso. A Polícia Rodoviária Federal tem sido parceira dos peregrinos, fazendo importantes alertas de segurança ao longo do percurso. A sensação de estar protegido e amparado nos dá mais tranquilidade para seguir.
Infelizmente, por causa da logística e das opções de hospedagem em barracas, não pudemos continuar o trajeto por muito tempo com Biro e Deva. Eles pararam no quilômetro 231, enquanto eu e Márcio tínhamos que caminhar até o quilômetro 213.
Seguimos em frente, conversando sobre diversos assuntos, e o Márcio me contou uma história curiosa sobre sua irmã mais nova, Tamires Aparecida. Ela recebeu esse nome em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, sendo a única dos cinco irmãos que não tem o sobrenome Pereira. Essa devoção está profundamente presente em sua família, o que tornou a história ainda mais especial para mim nessa peregrinação.
Um dos momentos que mais esperei durante o dia foi a parada no apoio do Ceagesp de São José dos Campos. No ano passado, já havia conhecido o trabalho deles e não via a hora de saborear novamente os deliciosos caldos que eles servem. A variedade era ótima: mandioca, canja e feijão.
Eles também oferecem um excelente serviço de apoio aos peregrinos, especialmente para aqueles que já estão com os pés debilitados, como muitos de nós. A comida, o acolhimento e a gentileza deles fazem toda a diferença, e foi impossível não me sentir grato por essa parada.
Em meio a tantos momentos bons, um ponto de apoio específico me marcou de forma diferente. Além do tradicional café e lanches, esse local oferecia algo mais: abraços. Foi um instante de pura emoção, de sentir o carinho e a energia das pessoas que, mesmo sem nos conhecer, dedicam seu tempo e amor para nos animar e nos encorajar a continuar. Esse gesto simples de oferecer abraços me fez refletir sobre a generosidade das pessoas, sobre como há tanta bondade no mundo que, muitas vezes, passa despercebida.
Hoje, por sorte, meu joelho esquerdo não doeu, o que já é uma grande vitória. Nos dias anteriores, ele estava me incomodando, mas parece que o descanso e o tratamento ajudaram. Além disso, as assaduras na virilha, que me incomodavam bastante, também estão melhorando. É impressionante como o corpo vai se adaptando ao esforço e à caminhada, e aos poucos, os desafios físicos vão sendo superados.
Essa jornada até Aparecida tem sido um tempo de muitas reflexões. Caminhar por tantos quilômetros me faz pensar nas boas pessoas que cruzam o nosso caminho, que oferecem ajuda sem esperar nada em troca. Essa generosidade me inspira e reforça a fé na humanidade. A devoção e a solidariedade que encontro ao longo do caminho são um lembrete constante de que ainda existe muito amor no mundo.
Finalmente, depois de um longo dia de caminhada, eu e o Márcio chegamos ao Hotel Faro, em Taubaté. Agora, somando os três primeiros dias, já percorremos 126 quilômetros. Faltam pouco mais de 40 quilômetros até Aparecida, e a expectativa só aumenta. O corpo sente o cansaço, mas a motivação cresce a cada passo.
Aqui no Hotel Faro, tive uma boa notícia envolvendo os amigos peregrinos do Itaim Paulista, mas essa parte da história vou deixar para contar no texto de amanhã. Por agora, o foco é descansar, relaxar um pouco e recarregar as energias para o próximo dia de caminhada.
O mais difícil parece já ter ficado para trás. Agora é hora de aproveitar o conforto do hotel, preparar o espírito e o corpo para o que está por vir. Amanhã, continuamos firmes, com fé e devoção, rumo ao nosso destino final: Aparecida, na sexta-feira, 11 de outubro.
1 comment:
Deus abençoe imensamente, que bacana o empenho e fé de vcs ...🙏🏻💜
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